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Lidando com os sentimentos que abrigamos em nossa mente.

É fundamental compreender que nossas experiências estão intrinsecamente ligadas ao que está registrado e programado em nossa mente.

Você já analisou seus pensamentos percebendo o que tem predominado em sua mente? O que você tem abrigado no seu campo mental?

Estudos importantes indicam que sentimentos intensos e prolongados de raiva, mágoa ou tristeza podem contribuir para o desenvolvimento de doenças como câncer e problemas cardíacos. Ou seja, quem ou aquilo que está aí sendo abrigado por você em sua mente pode estar te causando muito mais do que sentimentos.

Guardar mágoas e raiva na mente é como cultivar um jardim de ervas daninhas no solo fértil do pensamento. Cada sentimento negativo não resolvido é uma semente que, uma vez plantada, tende a crescer e se espalhar, contaminando a paisagem mental.

A mágoa é como uma sombra persistente que obscurece a luz da clareza emocional. Ao reter ressentimentos, damos poder ao passado para influenciar nosso presente. Cada lembrança dolorosa é como uma âncora, prendendo-nos a eventos que já se foram, mas que continuam a exercer seu domínio sobre nossas emoções.

A raiva, por sua vez, é uma chama que consome a paz interior. Quando guardamos rancor, permitimos que a intensidade emocional do momento inicial perdure, alimentando-se de nossa serenidade. Essa combustão interna não afeta apenas a nós mesmos, mas também lança faíscas nas nossas interações com os outros.

Shakespeare expressou sabiamente que a raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram.

Quantas relações são rompidas devido a momentos de descontrole nos quais alguém causa raiva, tristeza ou mágoa?

Muitos acabam convivendo mentalmente com quem os decepcionou, alimentando ressentimentos por longos períodos, perdendo sono e amargurados por esse “hóspede” mental.

Então, o que fazer para libertar a nossa mente?

É essencial compreender que a mágoa e a raiva são emoções naturais, mas deixá-las se instalar permanentemente é uma escolha. Optar por carregar esse fardo é permitir que o passado controle o presente e o futuro. Em vez disso, podemos escolher a libertação, reconhecendo essas emoções, entendendo sua origem e, em última análise, liberando-as para abrir espaço para a cura e o crescimento emocional.

Quando porventura houver alguém envolvido com os sentimentos gerados a opção preferível é buscar diálogo com a pessoa que causou dano, expressar os sentimentos e buscar harmonia.

Se isso não for possível ou não surtir efeito, é melhor compreender a situação e a pessoa ofensora, reconhecendo que agiu por impulso, descontrole emocional ou outros fatores como inveja.

Separe a pessoa do ato equivocado, lembrando que ninguém é perfeito e todos, em algum momento, ferem outros. Não conceda poder ao outro sobre você e não permita que ele “resida” em sua mente.

Ao soltar as amarras da mágoa, tristeza e da raiva, abrimos espaço para a serenidade, a compreensão e a aceitação. A mente torna-se um solo mais fértil para cultivar pensamentos positivos e relacionamentos saudáveis. Enquanto a esses sentimentos podem ser visitantes inevitáveis, não precisam ser residentes permanentes. Optar por liberar esses sentimentos tóxicos é um ato de autocuidado e um passo em direção à construção de uma mente mais leve e livre.

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