A mente humana é um vasto e misterioso universo, onde o consciente (nossa função racional) e o subconsciente (nossa função mecânica) coexistem e interagem de maneiras intrigantes. O subconsciente, muitas vezes comparado a um reservatório de memórias, crenças e experiências, exerce uma influência significativa sobre nossas ações, pensamentos e emoções.
No entanto, é fundamental compreender que não estamos destinados a ser reféns do subconsciente. Embora ele desempenhe um papel crucial em moldar nossos padrões comportamentais, temos o poder de explorar, compreender e, em última instância, transformar as influências que residem nas profundezas da mente.
A consciência é a chave para libertar-se das correntes invisíveis do subconsciente. Ao cultivarmos a autoconsciência, podemos começar a identificar padrões de pensamento e comportamento que podem ser resultado de crenças enraizadas, muitas vezes formadas em momentos cruciais de nossas vidas, em nosso desenvolvimento desde a concepção ao longo de nossos dias atuais, por exemplo. Questionar essas crenças e examinar se ainda são relevantes e benéficas é o primeiro passo para a emancipação.
A prática da meditação e mindfulness também se revela valiosa nessa jornada. Ao mergulhar na quietude da mente, podemos observar os pensamentos que emergem do subconsciente, sem sermos completamente absorvidos por eles. Essa separação entre observador e pensamento permite uma perspectiva mais clara e objetiva, capacitando-nos a escolher conscientemente como responder às influências internas.
A programação e/ ou reprogramação do subconsciente é um processo contínuo e desafiador, mas não impossível. Afirmações positivas, visualizações e técnicas de reestruturação cognitiva são ferramentas poderosas que podem auxiliar nesse processo, pois programam o subconsciente. Substituir pensamentos limitantes por afirmações que promovem crescimento e auto aceitação cria uma nova narrativa interna, permitindo-nos moldar nosso destino de maneira mais positiva. Nós conseguimos reprogramar através de compreensões, estas compreensões das programações traumáticas vistas por um outro ângulo, que não seja a do trauma, ver a verdade por inteiro através do consciente nos leva a reprogramar o subconsciente.
A compreensão se faz pela verdade, e ela consiste em ver o fato traumático, sob outro ponto de vista, que não seja o do trauma. Ela também organiza automaticamente as Programações correspondentes no Subconsciente. Enquanto não entendemos uma situação da nossa vida, somos vítimas dela.
Em última análise, não somos reféns do subconsciente, mas sim arquitetos de nossa própria realidade. Ao abraçarmos a jornada do autoconhecimento e transformação, nos libertamos das amarras invisíveis e ficamos prontos para viver de acordo com nossos valores mais elevados e autênticos.
O que podemos fazer para sairmos do estado de reféns e/ou não entrarmos:
Exploração de Traumas Passados:
Investigar eventuais traumas do passado pode ser crucial para compreender as raízes de crenças limitantes. A terapia parapsicológica pode fornecer um espaço seguro para explorar essas experiências e promover a cura, permitindo que indivíduos liberem as amarras emocionais que podem estar influenciando seu subconsciente.
Aceitação e Autocompaixão:
Cultivar a aceitação e autocompaixão é essencial. Muitas vezes, somos duros demais conosco mesmos, alimentando padrões negativos. Ao adotar uma atitude compassiva em relação a nós mesmos, podemos neutralizar pensamentos críticos sobre si mesmo e criar um espaço para o crescimento pessoal.
Desenvolvimento de Hábitos Positivos:
A criação de hábitos positivos pode agir como uma força contrária às influências negativas do subconsciente. A prática consistente de comportamentos saudáveis e construtivos reforça uma mentalidade positiva, fortalecendo a capacidade de escolha consciente.
Compreensão da Influência Externa:
Reconhecer a influência do ambiente externo é crucial. Muitas vezes, somos moldados por mensagens culturais, sociais e familiares. Desenvolver um senso crítico em relação a essas influências externas nos capacita a discernir quais valores e crenças são realmente nossos, e quais foram adotados inconscientemente.
Construção de uma Narrativa Positiva:
Criar uma narrativa de vida positiva é uma forma poderosa de reprogramar o subconsciente. Focar em conquistas passadas, superações e momentos de crescimento pessoal fortalece a autoconfiança e promove uma visão mais otimista do futuro.
Prática Contínua de Autoconsciência:
A jornada de por o subconsciente a trabalhar a nosso favor através do consciente, nos liberta da escravidão de sentimentos calcados em programações traumática. É pelo consciente que nos diferenciamos dos demais seres vivos, através de três afirmações:
SEI – o que faço, percebe o que faz;
QUERO – fazer , faz uso da vontade;
POSSO – o fazer, através do livre-arbítrio, da liberdade de pensar e agir, tomar decisões com consciência e domínio da situação.
Lembrando que: o SUBCONSCIENTE é o agente de nossa vida, é ele que executa tudo que acontece conosco.
É uma máquina, é um robô que, depois de programado age de forma mecânica, automática e autonomamente.
O subconsciente não pergunta se está certo ou errado, se ajuda ou prejudica, age cegamente igual maquina. (GRISA, 2009, p.28)
Portanto, mediante toda esta descoberta científica, nossa atenção deve ser contínua.
Saber direcionar conscientemente o que alimentamos nosso subconsciente ao longo da vida ajuda a identificar novos desafios e oportunidades de crescimento. Estar aberto ao aprendizado constante e à adaptação é fundamental para evoluir de maneira contínua.
Criação de Metas e Propósito:
Estabelecer metas claras e alinhar-se com um propósito de vida proporciona uma bússola interna. Isso não apenas direciona nossas escolhas conscientes, mas também fornece um contexto significativo que pode transcender as limitações do subconsciente.
Integrando estes tópicos em nossa vida, fortalecemos a abordagem holística de emancipação do subconsciente, nos capacitando a viver vidas mais autênticas, conscientes e alinhadas com nosso verdadeiro potencial.